Notícia 18 de Novembro de 2019

Pressão alta: saiba o que aponta os novos estudos

Recentemente, a revista da Sociedade Europeia de Cardiologia publicou uma pesquisa diferente, mas considerada de grande importância prática. No trabalho científico “Hygia Chronotherapy Trial” foram incluídos 19.084 pacientes com diagnóstico de hipertensão arterial, dos quais 10.614 eram homens e 8.470, mulheres, com idade média de 60,5 anos. Desse total, 9.552 pacientes foram escolhidos com a orientação de ingerir toda a dose diária de medicamentos para hipertensão ao deitar, e os outros 9.532 pacientes, ao acordar. Os pacientes que tomaram os anti-hipertensivos à noite tiveram menor incidência de eventos cardiovasculares num seguimento clínico médio de 6,3 anos. Tiveram a incrível redução de 45% nas complicações cardiovasculares: infarto do miocárdio, angioplastia ou cirurgia de pontes de safena, insuficiência cardíaca e AVC (acidente vascular cerebral). Essa nova constatação deve ser incorporada conforme os médicos tomarem conhecimento dessa informação terapêutica.

A hipertensão arterial é um dos importantes fatores de risco para as complicações cardiovasculares graves que citamos acima, junto com o colesterol elevado, diabete, tabagismo e sedentarismo. Dados estatísticos da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostram que quase 20% dos adultos brasileiros têm hipertensão arterial, enquanto dados americanos recentes mostram que 3,5% das crianças e adolescentes mais velhas e obesas são hipertensas, enquanto 9,1% dos homens e 6,7% mulheres entre 20 e 34 anos; acima dessa idade chegam a mais de 35%

Sem parecer exagero, quando diagnosticada a hipertensão sempre se deve pesquisar os órgãos que podem ser alvo de lesões: o cérebro, o coração e os rins, e suas complicações.

Além da medicação, produzem efeitos benéficos os hábitos de vida saudáveis, como exercício físico regular de intensidade moderada e diminuição da ingestão de sal (seja qual for).

Não se deve medir a pressão em lugares públicos inconvenientes, pois aparelhos podem estar descalibrados, além de ter tamanhos impróprios para braços gordos ou muito magros. Para pessoas com tempo de doença maior de oito anos, o controle médico é de grande importância para o prognóstico.

Aos esportistas que costumam tomar medicações anti-inflamatórias sem indicação de um médico, um alerta sério: podem ocorrer piora da hipertensão e lesões renais graves.

A maior dificuldade no tratamento da hipertensão arterial tem sido o abandono da medicação após algumas semanas de tratamento, fato detectado em todo o mundo, por causas variadas. Caso esteja com efeitos colaterais, fale com seu médico. E nunca se automedique por sugestão de terceiros não médicos.

Fonte: Eu Atleta
Imagem: Unimed SJC 

 

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