Alguma vez você já imaginou que a depressão pode estar relacionada a doenças cardiovasculares? Além disso, o problema pode aumentar o risco de infarto se não for tratado adequadamente, de acordo com trabalho publicado na revista Journal of the American College of Cardiology.
Abrão Cury, cardiologista do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo (SP), diz que pacientes com doenças cardíacas podem chegar a ter uma taxa de depressão entre 20% a 36%. E pessoas com doença coronariana, por exemplo, possuem um agravamento quando estão deprimidas.
"Muitos justificam isso ao fato de que o indivíduo pratica menos atividades físicas e se alimenta mal, com pouca aderência ao tratamento cardiológico devido à falta de motivação e energia, típicas de quadros depressivos. O entupimento das artérias pode ocorrer devido a um mal funcionamento do sistema nervoso em pessoas deprimidas, pois a doença é capaz de modificar o desempenho de glândulas e alterar o trabalho de células responsáveis pela coagulação sanguínea", esclarece o especialista.
Essa questão é tão importante que pessoas deprimidas têm um risco de mortalidade quatro vezes maior após seis a 18 meses do evento de infarto agudo do miocárdio. A Associação Americana de Cardiologia recomenda o tratamento antidepressivo obrigatório dos pacientes cardíacos deprimidos, a fim de melhorar o prognóstico da doença cardíaca.
"Desta forma, é importante que tanto o paciente como os seus familiares estejam atentos aos sinais de alarme, como as alterações no apetite, no peso e no sono, a perda de interesse pelas atividades que antes eram prazerosas. A depressão tem tratamento eficaz, quando devidamente reconhecida e medicada", explica Fernando Fernandes, psiquiatra do HCor, de São Paulo (SP).
Cuide da mente
Manter um estado emocional positivo e combater a depressão são atitudes fundamentais na prevenção de doenças. Diversos estudos científicos já comprovaram que as boas emoções são um excelente reforço contra gripes, resfriados, alergias, obesidade, problemas de pele, hormonais, cardíacos e gástricos. Essa maneira de agir também vale para quem passa por dificuldades emocionais.
Fonte: Pense Leve Online
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